a jornada

Sejkko 'lonely houses' em Portugal
Sabe quando chega uma altura em que sentes que estás a  afundar em coisas, que tens muito mais do que poderias alguma vez usar para ti? Quando o simples fato de teres espaço não conseguir ocupar por que ele te faz sentir bem. Ele e faz sentir como se conseguisses respirar livremente. Quando o simples fato de saíres de uma loja sem sacos é sinonimo de liberdade, quando cada compra que fazes tem um efeito na consciência. Não estou a falar de finanças, mas do fato de saber que na realidade não precisavas daquilo.
Preenchemos com coisas o vazio que sentimos na nossas vidas, como a falta de tempo, amigos e amores. Carências que em nada são saciadas com uma ida a Zara ou a visita a uma loja online para encher o carrinho de compras, onde até podemos sair satisfeitas com mais um par de sapatos, mas quando chegamos em casa não temos mais espaço. Eu já passei por isso, de certeza que você também.
Tentei me livrar de tudo o que estava a mais, o que não usava, o que não fazia mais sentido guardar só pelo prazer de guardar, mais ainda assim sento que falta tanto para percorrer. Ainda estou a iniciar mais um capitulo da minha vida, um novo começo.
Busco muitas coisas das quais ainda não tenho, mas nenhumas delas pode ser adquiridas em um centro comercial ou em saldos, elas tem que ser conquistadas diariamente, regadas pacientemente durante todo o inverno para que possam florescer na primavera e reflectir seu esplendor no verão.

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